PUBLICAÇÕES

Na qualidade de instituição comprometida com a divulgação do patrimônio e da diversidade cultural de nosso povo, a diversidade de linhas de atuação do Museu do Ceará contribuem para a construção e afirmação de seu papel fundamental na vida intelectual do Ceará. Dentro de uma concepção de museu enquanto fórum de debates, a atividade de pesquisa histórica é um dos pilares fundamentais, tanto para a concepção de exposições museológicas como para a publicação de catálogos das peças do acervo, elaboração de projetos educativos e visitas temáticas. A pesquisa em história é necessária para praticamente todas as ações de um museu, sendo suporte básico para a fundamentação científica destas ações.

Diante dessa premissa, o Museu do Ceará criou, a partir de 2001, seu diverso programa editorial com o lançamento da “Coleção Outras Histórias”. Buscando incentivar o interesse do público pelo conhecimento e pela reflexão sobre dimensões variadas de nossa história, a coleção foi movida por um senso de responsabilidade institucional em fomentar um espaço de discussão em linguagem acessível, sem prejuízo do rigor acadêmico, assumindo e reiterando o compromisso do Museu com uma prática educativa voltada à construção do juízo crítico.

A multiplicidade de abordagens e objetos de investigação em “Outras Histórias” encontra-se, para fins de sistematização e organicidade, em três núcleos temáticos:

  1. Estudos de cultura material, especialmente direcionados para o acervo da instituição;
  2. Pesquisas no âmbito do conhecimento histórico, ou de áreas afins, relevantes para melhor compreensão do referido acervo;
  3. Publicação comentada de documentos inéditos, de modo a promover a divulgação de vestígios e testemunhos que possam servir de subsídio a trabalhos futuros.

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Coleção Outras Histórias

Contando atualmente com 73 volumes, a coleção Outras Histórias é hoje a maior e mais regular publicação editorial em atuação no Ceará, contribuindo para a publicização da nova produção acadêmica local e das pesquisas realizadas pelo Museu do Ceará, a partir da publicação de adaptações de teses de mestrado e doutorado, ao mesmo tempo em que promove a comunicação de seu acervo com outros centros de estudos regionais e nacionais.

Segue abaixo as edições publicadas:

1.

Fortaleza: imagens da cidade —2ª edição
Autor:  Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho

Vivemos na cidade, contudo, e a um só tempo, ela também habita em nós. É o jogo entre proximidade e distância que serve de ancoragem à reflexão sobre culturas urbanas. É nesse caleidoscópio em movimento que foram concebidos a exposição e o livro Fortaleza: imagens da cidade.

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2.

Campos de concentração no Ceará: isolamento e poder na seca de 1932 – 2º edição
Autora: Kênia Sousa Rios

Em 1932, a prática de manter a  cidade dos ricos de Fortaleza afastada (ou parcialmente afastada) da miséria concretizou-se em frentes de trabalho, em políticas de emigração para outros Estados e na construção de locais para o aprisionamento dos flagelados. Nessa seca, o poder público isolou parte dos sertanejos em sete Campos de Concentração, distribuídos em lugares estratégicos para garantir o encurralamento de um maior número de retirantes”.no sertão do Ceará.

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3.

Nas trilhas da cidade —2ª edição
Autor: José Borzacchiello da Silva

Por dever de ofício e movido por um enorme laço de pertença, tecemos neste livro inúmeras considerações sobre variados assuntos concernentes à nossa cidade. Fruto de uma intensa reflexão sobre a Fortaleza, este livro decorre da feliz conjugação de raras oportunidades que me beneficiaram. Uma advinda do convite do Jornal “O Povo” para colaborar como articulista na seção Opinião. A outra veio da direção do Museu do Ceará, abrindo espaço na sua Coleção “Outras Histórias”, permitido que este conjunto de artigos se configurasse como livro.

Nas Trilhas da Cidade

4.

Do mar ao museu: a saga da jangada São Pedro
Autora: Berenice Abreu de Castro Neves

Em 1941, o sonho de “Jacaré” era compartilhado não apenas pelo amigo “Tatá”, mas também por outros dois colegas pescadores, Manoel Pereira da Silva, o “Mané Preto”, e Jerônimo André de Souza. Assim, eles tomaram uma decisão inusitada e, em certo sentido, temerária: navegar de jangada de Fortaleza ao Rio de Janeiro e se entenderem diretamente com o presidente da República e ditador do Estado Novo, Getúlio Vargas. Estava prestes a ser concretizado o episódio que, mais adiante, ficou conhecido como o raid da São Pedro, nome de batismo da jangada.

Do Mar ao Museu

5.

Xilogravura: doze escritos na madeira
Autor:  Gilmar de Carvalho

Estes Doze Escritos na Madeira tratam do processo que levou a xilogravura a superar o espaço exíguo da capa do cordel. Foi quando esta técnica milenar, adaptada à realidade nordestina, passou a ser utilizada para a elaboração dos álbuns que representaram a possibilidade de formatos diferenciados e de temáticas que se libertaram da obrigação de traduzir, visualmente, o texto do folheto. Esta xilogravura passou a ser acolhida por espaços legitimados, a integrar acervos de museus e fundações e a ser item de colecionadores. Uma manifestação que ganhou importância enquanto a edição popular, à qual ela serviu como ilustração, durante muito tempo, entrou em crise.

Xilogravura

6.

Cordel: a voz do verso
Autor: Martine Kunz

A Voz do Verso é polifônico, pensamento múltiplo e diverso suscitado pelos folhetos. Reflete sobre o sucesso do Padre Cícero ou a dimensão apocalíptica da mini-saia, verifica a persistência da gesta carolíngia medieval ou a interferência da mídia publicitária no cordel. Perde-se entre o circunstancial e o atemporal, a realidade e a ficção. Não pretende encontrar um rótulo que seja definitivo, mas compartilhar o prazer do texto e do diálogo.

Cordel

7.

Frei Tito: em nome da memória – 2ª edição
Autor: Régis Lopes e Martine Kunz (orgs.)

A abertura do Memorial Frei Tito reforça o sentido que se tem dado ao papel educativo do Museu do Ceará. Ter uma sala dedicada à vida de frei Tito significa dar continuidade ao projeto de fazer o estudo da história como campo de reflexão criativa, que vai ao passado através do presente, e que por isso mesmo se sente responsável pela construção do futuro em aberto.

Frei Tito: em nome da memória

8.

Padaria Espiritual: biscoito fino e travoso – 2ª edição
Autor: Gleudson Passos Cardoso

Manuscritos, tinteiros, penas de metal, escrivaninhas, cigarreiras, fotos e outros velhos objetos… esses vestígios deixados no tempo parecem não ter importância utilitária para a velocidade do nosso cotidiano capitalista. Quando encontrados entre as ruínas de uma dessas casas antigas e abandonadas da nossa cidade, podem ser considerados parte do entulho. Mas, inseridos em um museu, suas referências com a História permitem, àqueles que os observam, vislumbrar a noção de patrimônio cultural, tornando possível a interpretação das  experiências sociais  ao longo do tempo

Padaria Espiritual: biscoito fino e travoso

9.

Barão de Studart: memória da distinção
Autor: Eduardo Lúcio Guilherme Amaral

O Barão de Studart exerceu um tipo de poder simbólico na sociedade da época. Poder diferenciado daquele que se fazia por força das armas ou no exercício de algum cargo político. O fascínio criado por Studart advém da consagração num único homem de todas as expectativas que uma época tece em relação aos ideais que cultiva. Pôde, desta feita, angariar imenso prestígio social a partir da imagem construída sobre si mesmo.

Barão de Studart: memória da distinção

10.

Paisagens do consumo: Fortaleza no tempo da Segunda Grande Guerra
Autor: Antonio Luiz Macedo e Silva Filho

O alvo contínuo das reflexões deste livro é a modernidade urbana, especificamente as modalidades históricas pelas quais ela se apresenta em Fortaleza, em fins da década de 1930 e se estendendo até meados dos anos 40. Período de guerra em que, aos poucos, vão se  desenhando os contornos locais de uma ambição ao moderno profundamente assinalada pelo avanço tecnológico, a aceleração da dinâmica urbana e a incitação ao consumo de produtos importados. Em Fortaleza, não faltaram experiências com o fetiche dos objetos. Ao olhar as vitrines, sorver as mercadorias pelas telas de cinema, adquirir um artefato pouco importando qual sua utilidade prática, os habitantes exprimiam fascínio por uma modernidade precária, eivada de sonho e fabulação.

Paisagens do Consumo

11.

Patativa do Assaré: pássaro liberto
Autor: Gilmar de Carvalho

Além da voz maviosa, da coerência e do compromisso, o que melhor poderia representar, iconicamente, Patativa do Assaré? O chapéu e os óculos.
Veio a constatação de que o Museu do Ceará não tinha nada dele. Foi comprado um chapéu de massa, igual ao que ele usava, inseparável, e um par de óculos escuros, de aros dourados.
Patativa aceitou de bom grado a troca, registrada pela fotografia. Mais que acessórios, chapéu e óculos se incorporaram à sua persona pública, e passaram a enriquecer o acervo do Museu.
Chapéu e óculos que compunham a figura e exaltavam uma racionalidade que não prescindia da emoção. Sua força vinha da voz, o que lhe assegurava o epíteto de pássaro (liberto).

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12.

Mar à vista: estudo da maritimidade em Fortaleza
Autor: Eustógio Wanderley Correia Dantas

O livro desvenda, com acuidade, a tessitura cotidiana da cidade na trama de suas relações com o mar. O mar do contato com o mundo e o mar da pesca litorânea, do porto, das partidas e das chegadas. O autor preocupou-se em apreender a dinâmica urbana de Fortaleza, atravessando longo período histórico na perspectiva de explicar a cidade, percebendo mudanças, táticas, perdas e ganhos na ambivalência de suas relações com o mar e o sertão.

Mar á Vista: estudo da maritimidade em Fortaleza

13.

Soares Moreno e Matias Beck: inventário de uma polêmica nos escritos de Ismael Pordeus
Autor: João Ernani Furtado Filho

Aqui se ressalta a reflexão de Ismael Pordeus (1912 —1964), um pesquisador que se fez no trato com documentos, nas bibliotecas e na troca de informações com outros estudiosos. Seus artigos aqui estudados pelo historiador Ernani Filho, fazem parte de uma seriedade intelectual, um compromisso, e uma busca de respostas.

Soares Moreno e Matias Beck

14.

Assim na morte como na vida: arte e sociedade no cemitério São João Batista (1866-1915)
Autor: Henrique Sérgio de Araújo Batista

Percorrer as ruas e becos do São João Batista é como evocar as palavras de Marcel Proust: “Apenas um momento passado? Muito mais, talvez: alguma coisa que, comum ao passado e ao presente, é mais essencial do que ambos”.
O texto de Henrique Sérgio fala sobre esse tempo da memória, em complexa tessitura de ligações entre o cemitério e a cidade que o abriga, que o faz existir, dando-lhe volume e sentido. Ao tratar dos desejos, daqueles que se foram e sobretudo dos que permaneceram, o autor discute, no campo da História Social da Cultura, a complexa relação entre arte e sociedade, aventurando-se pelos meandros que se fizeram nos jogos de poder e prestígio. Com sensibilidade e um largo trabalho de pesquisa, enfoca esse lugar que, antes de ser dos mortos, é daqueles que continuam vivendo.

Assim na Morte como na Vida

15.

Mutirão:  jornal alternativo do Ceará
Autora: Kátia Azevedo

Em 1968, o golpe dentro do golpe: tudo ficou mais escuro. Tempos de torturas, desaparecimentos, guerrilha urbana e no Araguaia, censura. Uma luz no fim do túnel foi a chamada imprensa alternativa.
Em 1977, o Ceará ganhava o jornal Mutirão, força de aglutinação e mobilização das forças progressistas do Estado. O Mutirão foi decisivo, apesar das dificuldades de impressão. Era uma voz dissonante.
Na história do jornalismo cearense, a bibliografia é escassa. O Museu do Ceará dá a sua contribuição com a publicação da pesquisa de Kátia Azevedo sobre o Mutirão, e a abertura de uma exposição sobre a história do jornal alternativo.

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16.

Umbanda: Ceará em transe
Autor: Ismael Pordeus Jr.

Caboclos, pretos velhos e exus fazem a festa e trabalham na umbanda cearense. Durante décadas, foram um caso de polícia.
A umbanda ocupa o centro da cena, como religião brasileira, sistematizada na década de 30 do século XX. Mas  traços, fragmentos, vestígios de cultos ancestrais já estavam no catimbó indígena. “Era de jurema o bosque sagrado” escreveu Alencar em nosso mito fundante. Iracema “trazia numa folha gotas de verde e estranho licor vazadas de igaçaba, que ela tirava do seio da terra”.
Na luta para oficializar os cultos de procedência africana, no Ceará, Mãe Júlia reivindicava um pioneirismo, e tem aqui, em um anexo, duas entrevistas do final dos anos 70.

Umbanda: Ceará em transe

17.

Comissão das borboletas: a ciência do Império entre o Ceará e a Corte (1856-1867)
Autora: Maria Sylvia Porto Alegre

Em 1856, por empenho do governo imperial, foi criada, no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, a comissão encarregada de organizar uma expedição às províncias do Norte, com o objetivo de conhecer o interior do território, coletar material para o Museu Nacional e promover a pesquisa científica. A Comissão Científica de Exploração iniciou seus trabalhos percorrendo o Ceará, onde permaneceu entre 1859 e 1861. A história foi conturbada, gerou críticas da imprensa, acusações do governo, desentendimentos internos e conflitos com os grupos locais. Alvo de anedotário e chacotas, a expedição recebeu os apelidos de “Comissão das borboletas” e “Comissão defloradora”.

Comissão das Borboletas

18.

O Caixeiro —Edição fac-similar – 2ª Edição
Autor: Rodolpho Theóphilo
Apresentação: Adelaide Gonçalves e Eurípedes Funes

A História era moralizante na medida em que cabia ao historiador o compromisso com a “descrição da verdade” e a construção do futuro em uma direção previamente traçada, conforme os ideais de evolução racional da humanidade.
Era preciso escrever e publicar. Assim, o vivido ganharia estatuto de vivido relatado e, portanto, com poder de conter e fazer História. Esse poder da escrita era uma mitologia vivida por Rodolpho Teóphilo e muitos escritores de sua época. Fazia parte do jogo.

O Caixeiro: edição fac-similar

19.

Correspondência cordial: Capistrano de Abreu e Guilherme Studart
Autor: Eduardo Lúcio Guilherme Amaral

É certo que Capistrano e Guilherme levaram vidas bem diferentes e, na diferença, havia uma correspondência cordial, a admiração mútua cultivada e expressa por uma longa troca de cartas”. Publicação em homenagem aos 150 anos do historiador  Capistrano de Abreu.

Correspondência Cordial

20.

Mestres santeiros: retábulos do Ceará
Autor: Gilmar de Carvalho

A expressão popular, a manutenção de uma tradição que se adapta aos novos tempos, a compreensão de um catolicismo que se perfaz no sertão, com seus silêncios, seu tilintar de chocalhos, sua paisagem inóspita às vezes, verdejante com as primeiras chuvas é o eixo desta mostra.
Fé que se manifesta sem condições. Sertão que está dentro de nós, disse um poeta, e que explode na epifania do sol, iluminação que nos conduz a este chão sagrado (retirai as sandálias de rabicho), onde o numinoso é reinventado pelas mãos hábeis de artistas que são demasiadamente humanos, mas que se elevam à dimensão do indecifrável mistério.

Escrita Singular

21.

Mestres santeiros: retábulos do Ceará
Autor: Gilmar de Carvalho

A expressão popular, a manutenção de uma tradição que se adapta aos novos tempos, a compreensão de um catolicismo que se perfaz no sertão, com seus silêncios, seu tilintar de chocalhos, sua paisagem inóspita às vezes, verdejante com as primeiras chuvas é o eixo desta mostra.
Fé que se manifesta sem condições. Sertão que está dentro de nós, disse um poeta, e que explode na epifania do sol, iluminação que nos conduz a este chão sagrado (retirai as sandálias de rabicho), onde o numinoso é reinventado pelas mãos hábeis de artistas que são demasiadamente humanos, mas que se elevam à dimensão do indecifrável mistério.

Mestres Santeiros: retábulos do Ceará

22.

Padre Mororó: a revolução impressa
Autor: João Alfredo de Sousa Montenegro

Com a autorização do autor e em conformidade com a linha editorial da Coleção Outras Histórias, esta obra é uma edição modificada do livro Padre Mororó: o político e o jornalista, inicialmente publicada em 1988.

Padre Mororó: a revolução impressa

23.

Arte Ceará: Mário Baratta: o líder da renovação
Autor:  Estrigas (org)

Baratta é um exemplo de que se pode pensar e escrever (bem) sobre o que se faz. E nos faz sentir saudades de um tempo em que, talvez até equivocadamente, com uma postura “iluminista”, os intelectuais tentavam interferir nos rumos da cultura, muito antes das leis de patrocínio, dos falsos mecenatos (na verdade, isenção fiscal) e da negação da arte como instrumento de transgressão, uma arte em busca da legitimação e do mercado, mas não apenas disso. Uma arte que buscava interferir na realidade, mostrar a sintonia com os tempos que se antecipavam de democracia, de reconstrução a partir dos escombros do nazi-fascismo, arte que denunciava a ditadura de Vargas e que pensava o Ceará com generosidade.

Arte Ceará: Mario Baratta: o líder da renovação

24.

Tinta, papel e palmatória: a escola no Ceará do século XIX
Autora: Ercília Maria Braga de Olinda

Os depoimentos sobre a escola cearense no período imperial não são comuns. Após um longo esforço de pesquisa, selecionei um material oriundo de relatórios de presidentes da província, notícias, comunicados, relatórios e editoriais veiculados nos jornais O Cearense (liberal) e Pedro II (conservador). Os depoimentos colhidos no livro Dom Lino: prelado do Nordeste,  de Joaquim Moreira de Sousa (1960), ajudaram-me a compor o perfil do professor primário tradicionalista. Para compreender o discurso moderno sobre educação, analisei o relatório elaborado por Amaro Cavalcante em 1881.

Tinta, papel e palmatória

25.

Padre Cícero: mistérios da fé
Autor: Vários Autores

Edição em homenagem aos 70 anos da passagem do Padre Cícero.

Cinco artigos se entrelaçam num texto comum, que tem como figura central Cícero Romão Batista, catalisador, não apenas deste livro, mas da diáspora nordestina. É uma homenagem que escapa da biografia e recorre à figura seminal do Padre para explicar, a partir do passado, o que se vive no presente e o que se antecipa como nosso projeto de futuro.

Padre Cícero: mistérios da fé

26.

Antônio Pápi Júnior
Autora: Caterina Maria de Saboya Oliveira

Somente no mestrado em Letras, entrei novamente em contato com  Pápi Júnior. O tema por mim escolhido, Visões de Fortaleza nos romances da virada do século XIX, nascera do desejo de melhor conhecer a figura e obra literária desse nebuloso bisavô, desaparecido mais de duas décadas antes de meu nascimento. Escolhi, então, seu O Simas como um dos romances que iluminam o entrecruzamento da literatura com a história da Fortaleza do final do século XIX.

Antônio Pápi Júnior

27.

Iracema: a virgem dos lábios de mel
Autor: João Martins de Athayde

No princípio era a voz. Estórias que se contavam nas vigílias, ao pé das fogueiras, e nas noites sertanejas. Eram tantas que muitas se perderam e outras se esgarçaram no processo de transmissão, até que veio a possibilidade da reprodução, com a chamada “invenção da imprensa”.
Alencar escreveu tão bem o que viveu e o poeta de cordel foi capaz de intuir, antena da raça que todo artista é, como o dizia Ezra Pound. E “tudo passa sobre a terra”, quando nem mais a jandaia é capaz de repetir o nome da heroína.

Iracema: a virgem dos lábios de mel

28.

Museu Histórico do Ceará: a memória dos objetos na construção da História (1932-1942)
Autora: Cristina Rodrigues Holanda

O presente livro é uma versão resumida da dissertação de mestrado da autora. Nele os objetivos centrais de sua investigação giram em torno da produção intelectual de Eusébio de Sousa, analisando o seu papel na organização do primeiro museu oficial do Ceará; As memórias sobre o passado cearense que ele pretendia construir e cristalizar a partir da coleta e da exposição pública de objetos angariados para a repartição, as facilidades ou obstáculos por ele encontrados para materializar o projeto de criação de uma “casa da memória”.

Museu Histórico do Ceará

29.

Tramas da cultura: comunicação e tradição
Autor: Gilmar de Carvalho

Esse texto, que vem sendo escrito há dezenove anos, acumula informações e tenta refletir sobre elas de modo mais generoso e compassivo, sem camisas-de-força ideológicas e sem deslumbramento com o consumo.
“ Gilmar de Carvalho desvenda “tramóias”, desmonta mecanismos de apropriação, e traz à luz discussões sobre as trocas, interferências e “contaminações” entre o tradicional e o massivo”.

Tramas da Cultura: comunicação e tradição

30.

Violência —Edição fac-similar
Autor: Rodolpho Theophilo
Apresentação:  Adelaide Gonçalves

Um escritor que jamais se furtou a esgrimar as palavras, esculpir os argumentos com a paciência de sábio.  “A minha linguagem é moderada, se ela por vezes fere, não é o vocábulo, é a verdade”. Nele se combinam, à perfeição, a força do argumento e a defesa apaixonada de suas convicções. De sua escrita testemunhal resulta uma história sob o signo do compromisso; sem concessões ao tom louvaminheiro, esquivo aos adjetivos vazios, guardou estrita distância da ante-sala do poder político.

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31.

Entre o futuro e o passado: aspectos urbanos de Fortaleza (1799-1850)
Autor: Antonio Otaviano Vieira Jr.

No ano de 1799, Souza Machado, Jose Cerqueira da Costa, Ignácio Correia e Jose Bernardes Uchoa estavam reunidos numa casa da taipa, mobiliada de maneira austera, salvo três bancos de madeira com encosto, uma mesa coberta por um pano vermelho ornado por franjas amarelas e por um couro de carneiro ao centro. Como era de costume, a parcimônia da mobília obrigava os homens reunidos a trazerem de suas moradas mais bancos e outros trastes para reunião (Brígido, 2001, p. 243). A casa descrita era destinada às funções do Senado da vila de Fortaleza, que pela precariedade de sua estrutura acabava precisando de constantes auxílios materiais para o exercício de seus empenhos administrativos.

Entre o Futuro e o Passado

32.

Trem da seca: sertanejos, retirantes e operários (1877-1880)
Autor: Tyrone Apollo Pontes Cândido

Quando o presidente da província e seu cortejo realizavam a liturgia do poder, batendo martelo em prego de prata e alforriando uma jovem escrava, parecia que nada faltava para a celebração pomposa do sucesso dos liberais no combate à seca. Já neste livro, caro leitor, temos Outras Histórias —tensas e conflituosas, como a vida vivida nos abarracamentos e na construção da Baturité.

Trem da Seca

33.

Coisas do amor: memórias de uma exposição no Museu do Ceará
Autora: Kênia Sousa Rios

Nesse livro, a professora Kênia Sousa Rios faz um relato da trajetória da montagem da exposição Coisas do Amor, desde o processo de escolha dos objetos até a definição das problemáticas que foram trabalhadas historicamente.

Coisas do Amor

34.

As flores raras do jardim do poeta: o catálogo da coleção Eurico Facó
Autora:  Giselle Martins Venancio

Uma viagem imaginária e gratificante, a satisfazer qualquer leitor —sensível, por certo… —esta que nos proporciona a historiadora Giselle Venancio, através de sua pequena-grande obra, que trata com propriedade da história de um amante de livros, Eurico Facó.

As Flores Raras do Jardim do Poeta

35.

Perfis sertanejos: costumes do Ceará —José Carvalho —Edição fac – similar
Autor: José Carvalho
Apresentação:  João Ernani Furtado Filho

O Museu do Ceará reedita o Perfis Sertanejos. Costumes do Norte, livro de José Carvalho esgotado há mais de cem anos, e com isso faculta a um maior número de leitores a possibilidade de encontrar aí sugestões heurísticas, documentação e um clima da época, quando não, uma leitura tão agradável e enriquecedora quanto uma boa conversa entre amigos.

Perfis Sertanejos

36.

Os  Monumentos do Estado do Ceará:  referência histórico-descritiva
Autor: Eusébio de Sousa

Não é difícil perceber que Os monumentos do estado do Ceará é um relatório oficial sobre fatos e artefatos oficiais, em conformidade com a postura do seu autor. Trata-se de um inventário que contém estátuas e outras matérias memoráveis que se referem aos chamados “grandes acontecimentos”.

Os Monumentos do Estado do Ceará

37.

Lyra Popular:  O cordel do Juazeiro
Autor: Gilmar de Carvalho

Lyra Popular, como todas as explorações de Gilmar, é inextricável da sua paixão e de seu engajamento. Os leitores não deveriam nunca perder isso de vista, nem deveriam hesitar em mergulhar nesses breves capítulos do passado artístico do Ceará e se deliciar com o seu desenrolar. Saborear, também, as observações perspicazes, informadoras e judiciosas de Gilmar, fruto de cuidadosa pesquisa histórica e literária, e modelo do recorrente questionamento e auto-questionamento que deve acompanhar a busca das verdades.

Lyra Popular

38.

Tristão de Alencar Araripe e a História do Ceará
Autora:  Ítala Byanca Morais da Silva

O trabalho procura compreender a emergência de Tristão de Alencar Araripe segundo os protocolos de uma cultura letrada oitocentista, e mais especificamente,  a  de um autor de história na situação particular de uma província do Império brasileiro.

Tristão de Alencar Araripe e a História do Ceará

39.

Crônica das Casas de Caridade:  fundadas pelo Padre Ibiapina
Autor: Eduardo Hoornaert

A descrição da atuação missionária do Padre Ibiapina, autoridade inconteste nos sertões nordestinos entre 1860 e 1880, é ao mesmo tempo uma descrição de diversos aspectos da vida política, religiosa, social e cultural do interior nordestino na segunda parte do século XIX.

 situação particular de uma província do Império brasileiro.

Crônica das Casas de Caridade

40.

Cantares Bohêmios —Ed. Fac-similar
Autor: Raimundo Ramos
Apresentação: Gilmar de Carvalho

A edição reúne poemas escritos por Raimundo Ramos Filho entre os anos de 1888 e 1906.

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41.

Capistrano de Abreu e a correspondência feminina
Autora: Paula Virgínia Pinheiro Batista

Este é um livro que fala de cartas. Fala também de trocas de opiniões, visitas, viagens, ajudas. É um livro que conta, principalmente, de amigos e amizades. E é, talvez, por isso que ele encanta o leitor ao referir-se às relações pessoais de um homem tido como arredio ao convívio social.

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42.

Museu do Ceará e outras memórias —entrevista com Valdelice Girão
Autor:  Cristina Rodrigues Holanda (org.)

Esse livro apresenta a entrevista concedida por Valdelice Girão à historiadora Cristina Holanda. O foco da entrevista são as memórias relacionadas ao Museu do Ceará, instituição na qual Valdelice trabalhou por vários anos.

Museu do Ceará e Outras Memórias

43.

Gustavo Barroso:  Um cearense “ariano”
Autor: Eduardo Diatahy B. de Menezes

No livro, o autor Eduardo Diatahy aborda a trajetória intelectual do cearense Gustavo Barroso, bem como a sua relação com a Ação Integralista Brasileira.

 

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44.

O encanto das águas:  a relação dos Tremembé  com a natureza
Autor: Gerson Augusto de Oliveira Júnior

A obra de Gerson Augusto é um convite ao exame do engenhoso trabalho da imaginação, qual seja o de ordenar o espaço e estabelecer limites que servem de balizadores à ação humana. À divisão do espaço em mar de terra, mar de fora e lá forão operada pelos Tremembé subjaz uma visão de mundo, uma maneira de viver e apreender o tempo, todo um conjunto de saberes e fazeres sobre a pesca e os ecossistemas marinhos, transmitidos oralmente de geração em geração, os quais são descritos densamente pelo autor.

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45.

A Estrella:  Francisca Clotilde e  literatura feminina em revista no Ceará  [1906 —1921]
Autora: Luciana Andrade de Almeida

O que a pesquisa de Luciana nos mostra é que nem sempre a transgressão das “Clotildes” está no conteúdo dos escritos, mas no próprio ato de escrever e publicá-los. Assim não se esperem grandes rupturas e textos insurgentes a três por quatro, embora eles existam. Com sensibilidade e talento, Luciana nos mostra isso e nos lembra que os feminismos são diversos tanto quanto o são os momentos históricos em que eles aparecem.

A Estrella

46.

Juventude da Pátria Armada: O Centro Estudantal Cearense em Fortaleza
Autora:  Afonsina Maria Augusto Moreira

O livro ora apresentado se constitui em uma versão reduzida da dissertação A Juventude da Pátria A(r)mada —O Centro Estudantal Cearense em Fortaleza 1931-1945, defendida em 1999 na PUC-SP. O propósito central do trabalho consiste em investigar e analisar as práticas e as idéias do Centro Estudantal Cearense, entidade que buscava uma representação estudantil para além daquela delimitada aos estabelecimentos de ensino.

Juventude da Pátria Armada

47.

A imprensa em pauta: Jornais Pedro II, Cearense e Constituição
Autora: Ana Carla Sabino Fernandes

O livro procura “enfocar a atuação jornalística de grupos burgueses cearenses do século XIX, atrelados à política partidária, liberal e conservadora, que para compor seus ideais, teatralizaram a imprensa”

A Imprensa em Pauta

48.

Rumores: A paisagem sonora de Fortaleza (1930-1950)
Autor: Antonio Luiz Macedo e Silva Filho

Este livro não apenas conta a história de sonoridades hoje esquecidas mas também faz funcionar a percepção, convidando-a a abandonar o suspeito  conforto de conviver com uma paisagem repleta de máquinas de modo totalmente familiar ou desatento.

Rumores

49.

Culto da saudade na Casa do Brasil: Gustavo Barroso e o Museu Histórico Nacional (1922-1959)
Autora: Aline Montenegro Magalhães

O livro dedica-se a uma análise sobre a criação do Museu Histórico Nacional e as políticas de construção da memória nacional colocadas em jogo durante os períodos em que foi dirigido por Gustavo Barroso.

Culto da Saudade na Casa do Brasil

50.

Tristão Araripe: Alma afoita da revolução
Autor: Oswald Barroso

Pouco mais de 33 anos foi o tempo que Tristão Araripe teve para viver. deste curto período, sete anos gastou em revoluções. Foi inimigo do Imperador, em que via um absolutista, símbolo do poder autoritário e adversário da liberdade. Cronista de sua época e historiadores da posteridade cognominaram-no “Alma Afoita da revolução”. Entre seus contemporâneos, não houve comandante mais decidido, comandante mais obstinado, defensor mais perspicaz da causa em que acreditava. Por ela, arriscou a pele além dos limites possíveis. Foi, por vezes, temerário, impaciente, irrealista e precipitado. Talvez seus propósitos estivessem à frente de seu tempo. Mas, com certeza, sua atividade alertou os homens e sua coragem fez tremer os poderosos.

Tristão Araripe

51.

Velhos Sanfoneiros
Autora: Sulamita Vieira

O livro aborda “aspectos do ‘mundo da sanfona e dos velhos sanfoneiros’’, focalizando um pouco as origens, a sua iniciação no campo musical; a convivência ou  conciliação da atividade que lhes garante a sobrevivência com a ‘vida de sanfoneiro’; enfim, mostrando um pouco da biografia dessas pessoas”.

Velhos Sanfoneiros

52.

O Beato José Lourenço e sua ação no Cariri
Autor: José Alves de Figueiredo

O Beato José Lourenço e sua ação no Cariri transformou-se em referência privilegiada. Tudo o que se escreveu sobre o tema tem ligação direta ou indireta com o que José Alves de Figueiredo registrou. Essa nova edição, além de lembrar os 80 anos do Caldeirão, é também uma homenagem do Museu do Ceará a José Alves de Figueiredo.

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53.

Juntar, Separar, Mostrar: Memória e Escrita da História no Museu do Ceará
Autor: Ana Amélia Rodrigues de Oliveira

A presente pesquisa tem como objetivo analisar a trajetória do Museu do Ceará, desde a sua criação em 1932 até o ano de 1976, interpretando as formas de exposição de seu acervo, refletindo sobre a função de lugar de instrução pública, já que o Museu assume o caráter de instituição educativa, onde os objetos expostos aparecem com a intenção de ensinar e de construir representações sobre a história do Ceará.

Juntar, separar, mostrar. Memória e escrita da história no Museu do Ceará

54.

O Museu do Ceará e a linguagem poética das coisas (1971-1990)
Autora: Carolina Ruoso

O Museu do Ceará e a linguagem poética das coisas, veio de uma pesquisadora de conhece a instituição “por dentro”: durante dois anos, Carolina foi estagiária do núcleo educativo do Museu do Ceará. (…) O texto de Carolina Ruoso… amplia e enriquece o diálogo já aberto por outros trabalhos publicados pelo Museu do Ceará. Mostra ainda que o universo da “cultura material” não é uma seara apenas de arqueólogos, arquitetos ou museólogos. Os historiadores têm muito a contribuir com esse campo de estudos.

O Museu do Ceará e a Linguagem Poética das Coisas

55.

Intrépidos Romeiros do Progresso: maçons cearenses no império
Autora: Berenice Abreu

O presente livro é resultado da pesquisa desenvolvida no Programa de pós-Graduação em Sociologia da UFC. O interesse que Berenice Abreu tem pela história da sociabilidade maçônica é demostrada neste livro onde a mesma tenta reconstruir os passo e idéias daqueles que auto-proclamavam, em fins do período imperial, os “Intrépidos Romeiros do Progresso”.

Intrépidos Romeiros do Progresso

56.

Traços étnicos: especialidades e culturas negras e indígenas
Autor: Alex Ratts

Este livro constitui numa coletãnia de artigos escritos para jornais e revistas de organizações que promovem uma aproximação entre a produção acadêmica e as chamadas “questões sociais”. Escritos entre 1992 e 2006, compreende um período da vida profissional como pesquisador/observador das marcas impressas por grupos étnicos, raciais e populares no espeço e na cultura e das situações por eles experimentadas em contextos de desigualdade e de tentativa de emancipação.

56-traos-tnicos-especialidades-e-culturas-negras-e-indgenas

57.

Direito a Cidade: administração pública, justiça social, consciência ecológica e desenvolvimento sustentável
Autora: Marinina Gruska Benevides

O texto aqui apresentado tem como marca central a necessidade de pensar a cidade, a partir da abertura ao diálogo com os vários campos do saber. A autora buscou transmitir ao leitor um razoável conjunto de idéias que possam orientá-lo a pensar o direito à cidade, o tipo de urbanismo e de urbanidade que nossa sociedade contem tem experimentado, tal como se expressam nas ações da administração pública: nas conquistas no campo da justiça social; e nos desafios trazidos pelos ideais de desenvolvimento sustentável.

Direito a Cidade

58.

Materiais e Saber na Arte Rupestre
Autora: Marcélia Marques

Marcélia Marques em seu livro torna acessível a todos o resultado de uma pesquisa arqueológica e o produto de uma campo ainda pouco conhecido pela comunidade científica e o grande público. Escreve de forma clara, cuidadosamente minuciosa e detalhista sobre coleções museológicas e a arte rupestre do sertão cearense, especialmente sobre o Sertão Central do Ceará. Marcélia faz ainda, um paralelo entre a arte pré-histórica e as pinturas até hoje realizadas pelas índias tremenbé, no litoral cearense.

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59.

Uma enfermidade à flor da pele: a lepra em Fortaleza
Autora: Zilda Maria Menezes Lima

Neste estudo, procurou-se dar ênfase às políticas nacionais e locais engendrados pelos poderes e saberes para o trato com uma das enfermidades mais estigmatizadas de toda a história humana. Objetivou-se possibilitar um entendimento acerca das ações desenvolvidas pelos vários segmentos que lidaram com essa enfermidade em Fortaleza e até que ponto essas ações foram resultantes da agenda estabelecida pelo Governo Federal no combate à doença. Nessa perspectiva, as práticas oficiais e filantrópicas de combate à lepra serão analisadas.

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60.

A coleção Dias da Rocha no Museu do Ceará
Autores: Felipe Bottona da Silva Telles e Diva Maria Borges-Nojosa

Admiradora da vida e da obra do Professor Dias da Rocha, Diva Maria aceitou a tarefa de orientar o inventário do acervo, que foi pacientemente realizado por Felipe Bottona da Silva Telles. Com zelo e rigor científico, fichas e mais fichas foram preenchidas, juntamente com uma banco com as informações das fichas e imagens do acervo.  Daí surgiu a pesquisa agora transformada em livro. Além do inventário, aqui se vê uma possibilidade promissora de aproximações entre história e biologia. A noção de patrimônio biológico vem, nesse sentido, mostrar que os diálogos entre historiadores e biólogos devem necessariamente acalorar a pauta dos debates.

A Coleção Dias da Rocha no Museu do Ceará

61.

Negros no Ceará: História, Memória e Etnicidade
Autora: Cristina Rodrigues Holanda (org.)

O presente livro é fruto do seminário “Negros no Ceará: história, memória e etnicidade”, promovido pelo Museu do Ceará como mesas redondas, palestras, relatos de experiências e apresentações culturais, cujos protagonistas foram pesquisadores acadêmicos, militantes do movimento negro como sujeito histórico ativo na história do Ceará.

Negros no Ceará: História, memória e etnicidade

62.

Humor, vergonha e decoro na cidade de Fortaleza (1850-1890)

Autor: Marco Aurélio Ferreira da Silva

Vale lembrar que o nosso trabalho não será um anedotário ou um lugar de piada pronta, capaz de fazer rir todos aqueles que porventura possam lê-lo. Ele não deve ser tratado como objeto risível, mas como uma “séria” tentativa de reflexão de uma realidade específica, a partir de uma discussão teórica e conceitual (Prática Cultural do Humor) diferente e pouco comum na produção do saber histórico local.

62-humor-vergonha-e-decoro-na-cidade-de-fortaleza-1850-1890

63.

Lendo objetos: A reconstrução do conhecimento histórico no Museu do Ceará

Autor: Marcos Uchoa da Silva Passos.

Lendo Objetos: A Reconstrução do Conhecimento Histórico no Museu do Ceará

64.

Dragão do Mar: A Construção do Herói Jangadeiro

Autora: Patrícia Pereira Xavier (2ª edição)

A província cearense foi a primeira a libertar seus cativos em 1884, quatro anos antes da Lei Áurea. Por esse motivo, recebeu o epíteto de Terra da Luz . Francisco José do Nascimento, conhecido como Dragão do Mar, entrou para a escrita da história do Ceará como o jangadeiro que teria liderado seus companheiros em 1881, fazendo com que suas embarcações não transportassem os escravos que seriam enviados para as fazendas no sul, no episódio que ficou conhecido como a greve dos jangadeiros. O objetivo deste estudo é entender de que forma foi construída a memória sobre o Dragão do Mar no período compreendido entre as comemorações do cinquentenário da abolição, em 1934, até a divulgação do livro Um herói sem pedestal, de Roberto Átila do Amaral Vieira, publicado em 1958.

Dragao do Mar a Construcao do Heroi Jangadeiro

65.

Escritos Sobre Antônio Conselheiro e a Matriz de Quixeramobim

Autor: Ismael Pordeus

Versando sobre os temas que mais instigaram as pesquisas do historiador, a obra contém três séries documentais: “A verdadeira idade de Antônio Conselheiro”, obra inédita, de data indefinida, em que Pordeus comprova o engano na estipulação da idade do beato, por meio de documentos cartoriais de Quixeramobim; “Antônio Conselheiro não é matricida” (1949), que também refutava teorias a respeito da vida de do líder de Canudos por meio de arquivos dos cartórios da região; e “Antônio Dias Ferreira e a matriz de Quixeramobim” (1955), que parte de uma documentação pesquisada em função do bicentenário da paróquia.

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66.

As Artes de Zenon Barreto: Traços, Cores e Formas

Autor: Estrigas

A obra é o nº 66 da Coleção Outras Histórias do Museu do Ceará. Trata-se de uma obra com apresentação do Prof. Auto Filho, posfácio de Sabrina Albuquerque, vários textos e entrevistas de caráter biográfico, essas cedidas pelo próprio Zenon Barreto ou por artistas plásticos que conviveram com ele.

As Artes de Zenon Barreto

67.

Interdependência e Civilização nas Cidades do Ceará: Os Agentes e as Coisas (1860-1930)

Autor: Antônio de Pádua Santiago de Freitas

O livro Interdependência e Civilização nas Cidades do Ceará: os agentes e as coisas (1860-1930) é fruto de uma longa pesquisa de quatro anos, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), na modalidade “Casadinho/PROCAD”, sob a minha supervisão [Jurandir Malerba] e coordenada pelo professor Antônio de Pádua Santiago de Freitas. O objetivo do projeto é estudar a relação entre expansão capitalista e o papel dos grupos sociais (estrangeiros e outros grupos locais) na construção das culturas urbanas do Ceará nas cidades de Fortaleza, Aracati, Quixadá, Sobral e Crato, tendo como recorte temporal o período de 1860 a 1930, e três conceitos fundamentais para o seu desenvolvimento: capitalismo, civilização e tradução cultural

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68.

Práticas Letradas e a Construção do Mito Civilizador: Luzes, Seca e Abolicionismo em Fortaleza (1873-1904)

Autor: Gleudson Passos Cardoso

O objetivo do projeto foi estudar a relação entre a expansão capitalista e o papel dos grupos sociais (estrangeiros e grupos locais) na construção das culturas urbanas do Ceará nas cidades de Fortaleza, Aracati, Quixadá, Sobral e Crato, tendo como recorte temporal o período entre os anos de 1860 a 1930, e três conceitos fundamentais para o seu desenvolvimento: capitalismo, civilização e tradução cultural.

Práticas Letradas e a Construção do Mito Civilizador

69.

Sociabilidades e Costumes nas Territorialidades Urbanas do Ceará (1860-1930)

Autor: Marco Aurélio Ferreira

Este texto que ora apresentamos é parte de nossas pesquisas em torno dos temas: Capitalismo, Civilização, Encontros Culturais (“Mistura de Culturas” / “Hibridização” / “Tradução Cultural”) e costumes nos espaços urbanos do Ceará. Para o momento, o nosso foco se dirigirá tão somente aos modos de vida (traços comuns) dos que aqui residiam nas cidades cearenses. Ou seja, nesse instante a nossa perspectiva é tão somente fazer um panorama do local, que tem como composição em primeiro plano as “formas sociológicas de interação” e seus costumes, aqui representado pelas sociabilidades “vizinho / vizinhança” e “conversa / conversação”

Sociabilidades e Costumes nas Territorialidades Urbanas do Ceará

70.

Capitalismo, Civilização e Dispositivo de Governo no Ceará (1860-1930)

Autor: Érick de Assis Araújo

O livro abrange cinco cidades do Ceará bastante influentes durante esse recorte temporal de 1860 até 1930, sendo elas: Fortaleza, Aracati, Quixadá, Crato e Sobral. O autor escolheu como marco inicial o ano de 1860 porque foi quando Fortaleza venceu a disputa para sede de Província e, logo depois, tornou-se capital do Estado.

O objetivo do livro, como o autor cita na introdução, é tratar sobre a História Social do Ceará, falar sobre a inserção desse Estado no processo capitalista, enfocando o papel que o Estado teve nesse processo que mudou o ritmo tanto da população como da produção em si, a partir dos conceitos de capitalismo, civilização e governamentalidade, que ele trabalha ao longo do texto. Ele também vai falar do papel dos grupos locais e estrangeiros na construção das cidades do Ceará.

Capitalismo Civilização e Dispositivos de Governo no Ceará

71.

Das Santas Almas da Barragem à Caminhada da Seca: Projetos de Patrimonialização da Memória no Sertão Central Cearense (1982-2007)

Autor: Aterlane Martins

A presente pesquisa investiga a patrimonialização das memórias a partir dos acontecimentos oriundos do Campo de Concentração do Patu, havido em Senador Pompeu, no Sertão Central cearense, durante a seca de 1932. Deste contexto, particularmente da apropriação da devoção às Santas Almas da Barragem e do complexo dos casarões ali remanescentes, surgem três projetos distintos que irão encampar lutas pela afirmação de uma memória hegemônica, tramada sob o discurso religioso, patrimonial e turístico, tendo a frente, respectivamente, a Igreja Católica, os agentes culturais da sociedade civil e os representantes do Estado.

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72.

Entre Pratos, Xícaras e Manuais: O Círculo de Louças Europeias na Aracati Oitocentista (1860-1890)

Autora: Ana Paula Gomes Bezerra

A presente obra é fruto da dissertação de mestrado de Ana Paula Gomes Bezerra defendida no Mestrado Acadêmico em História da UECE, em 2015 com o título “Capitalismo e elite no Ceará: produção, distribuição e consumo de louças europeias em Aracati (1850 A 1890)”. Tem como objetivo analisar a inserção da cidade de Aracati no processo civilizador capitalista, a partir do consumo de louças europeias de uso doméstico. A escolha por analisar a sociedade a partir dos objetos que compõem o espaço doméstico nos permite entender como a partir da inserção de tais mercadorias, a referida sociedade mudou seus hábitos e costumes. A diversidade de tais produtos, seja na forma ou na matéria-prima utilizada, nos permite analisar a sociedade aracatiense do ponto de vista do consumo. 
 
Entre Pratos, Xícaras e Manuais

73.

As Crianças e o Museu: Encontro de Histórias, Memórias Invenções e Brincadeiras

Autora: Núbia Agustinha Carvalho Santos

As crianças e o Museu”: Os museus têm um potencial social, cultural, artístico e histórico importante para o processo educativo em qualquer nível de ensino. Nessa perspectiva, este artigo objetiva compreender como as crianças de Educação Infantil leem os objetos do Museu do Ceará (MUSCE) por meio de uma experiência mediadora entre os espaços escolar e museológico, analisando também a especificidade da mediação em termos de adequação a este público. A metodologia norteadora da pesquisa foi de base qualitativa com um enfoque na pesquisa-intervenção.

As Crianças e o Museu

Publicações Secult

R$ 20,00

Estudos Sobre a Língua Culta Falada em Fortaleza: Explorando Dados do Porcufort. Organizador: Clemildo Lopes Pinheiro

R$ 20,00

José Martí - Cultivar os Sentimentos (Edição Bilíngue - Português/Espanhol) Autores: Justo Pereda Rodrigues, B.C. Neto, Lidia Esther Orraca Ortega

Dentro do Poema - Poetas Mexicanos Nascidos entre 1950 e 1959

R$ 20,00

Dentro do Poema - Poetas Mexicanos Nascidos entre 1950 e 1959. Organizador: Eduardo Langagne

R$ 20,00

Páginas Escolhidas - Autor: Simón Bolívar

O Pictório na Poesia Cabo-Verdiana

R$ 20,00

O Pictório na Poesia Cabo-Verdiana - dos Claridosos a Kiki Lima - Autor: José Leite de Oliveira Jr.

Na Esfera das Letras

R$ 20,00

Na Esfera das Letras - Autor: Joaryvar Macedo

Ramos Cotoco e Seus Cantares Bohemios

R$ 15,00

Ramos Cotoco e seus "Cantares Bohêmios" Teóricos - Autor: Weber dos Anjos

R$ 15,00

O Espetáculo da Vida: A Dança de Hugo Bianchi - Memória - Autora: Júlia Cândida Soares

Alarme Geral e Outros Textos

R$ 15,00

Alarme Geral e Outros Textos - Dramaturgia - Autor: Zaza Sampaio

Teatro Completo

R$ 15,00

Teatro Completo - Dramaturgia - Autor: Gilmar de Carvalho

Paurillo Barroso: O Imperador dos Sonhos

R$ 15,00

Paurillo Barroso: O Imperador dos Sonhos - Memória - Autora: Fernanda Quinderé

Eduardo Campos

R$ 15,00

Eduardo Campos - Dramaturgia

R$ 15,00

5 Textos para Teatro - Dramaturgia - Autor: Walden Luiz

Boletim do Sistema Estadual de Museus do Ceará

R$ 15,00

Boletim do Sistema Estadual de Museus do Ceará (SEM-CE)

Nação, Mito e Rito

R$ 15,00

Nação, Mito e Rito - Religião Civil e Comemoracionismo - Autor: Fernando Catroga

R$ 10,00

Estrigas Zodicarte

Memórias Sobre Juazeiro do Padre Cícero

R$ 15,00

Memórias Sobre Juazeiro do Padre Cícero - Autor: Agostinho Balmes Odísio

Diário de Uma Viagem

R$ 30,00

Diário de uma Viagem (Fortaleza-Crato - 1859) - Autor: Francisco Freire Alemão

Na Mata do Sabiá

R$ 30,00

Na Mata do Sabiá - Contribuições da Presença Indígena no Ceará - Organizador: Estêvão Martins Palitot

Boletim do Museu Histórico do Estado do Ceará

R$ 25,00

Boletim do Museu Histórico do Estado do Ceará - Edição Fac-Similar

R$ 35,00

Diário do Governo do Ceará - Origens da Tipografia Cearenses - Organizador: Jorge Brito

Museu do Ceará

R$ 150,00

Museu do Ceará

Cadernos Paulo Freire

A partir das atividades realizadas pelo Museu, surgiu a necessidade de uma linha editorial para ampliar a rede de discussões sobre as relações entre a pedagogia de Paulo Freire e o estudo da nossa história por meio do museu. Assim, emergiu a proposta para a publicação dos “Cadernos Paulo Freire” em 2003. Essa linha editorial, hoje com onze números, tem o objetivo de publicar textos sobre educação patrimonial, ressaltando possibilidades de reflexão e ação no museu histórico, que fazem ligações entre a museologia e outras áreas do saber, como pedagogia, história e antropologia. Além de enfocar o Museu do Ceará, existe a intenção de acolher textos que desenvolvam reflexões sobre outras experiências de educação. Ao tratar mais especificamente de questões pedagógicas, os “Cadernos Paulo Freire” complementam e reforçam o sentido da “Coleção Outras Histórias”.

Segue abaixo as edições publicadas:

01 – A cidade e o patrimônio histórico – Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho.

02 – Museu, ensino de história e sociedade de consumo – Francisco Régis Lopes Ramos.

03 – Bibliografia básica sobre a Questão Agrária no Brasil – João Pedro Stédile

04 – O Canto Alegre de três raças tristes? Do Samba educado ao samba educativo – Ernani Furtado Filho.

05 – Consciência histórica e crítica em aulas de História – Maria Auxiliadora Schmidt e Tânia Maria F. Braga Garcia.

06 – A Caravana Farkas e a pedagogia da imagem – Meize Regina de Lucena Lucas.

07 – O fardo da História e o dever de lembrar – Antonio Luiz Macêdo e Silva Filho.

08 – Exposições participativas e educativas em museus – Denise Studart.

09 – Sala Escura da Tortura: uma experiência educativa no Museu do Ceará – Cristina Rodrigues Holanda (org.).

10 – A palavra e o objeto – Magaly Cabral.

11 – Anais – I Seminário REM-CE Experiências & Reflexões- Aterlane Martins, Camila Alves, Mariana Ratts

12 – Anais – II Seminário REM-CE Museus & Pesquisa: memória e contextos contemporâneos – Aterlane Martins, Camila Alves, Marcos Passos, Mariana Ratts.

13 – Capitalismo e Civilização nas cidades do Ceará (1860-1930) – Marco Aurélio Ferreira da Silva, Gleudson Passos Cardoso, Antônio Pádua Santiago de Freitas, Erick Assis de Araújo e Carla M. Vieira.

Publicações Disponíveis:

Capitalismo e Civilização nas Cidades do Ceará

R$ 15,00

Capitalismo e Civilização nas Cidades do Ceará (1860 - 1930) - Organizadores: Marco Aurélio Ferreira da Silva, Gleudson Passos Cardoso, Antonio de Pádua Santiago de Freitas , Erick Assis de Araújo e Carla M. Vieira

Anais - I Seminário REM - CE

R$ 15,00

Anais - I Seminário REM - CE - Experiências e Reflexões - Organizadoras: Aterlane Martins, Camila Alves e Mariana Ratts

Anais II Seminário REM

R$ 15,00

Anais II Seminário REM - CE - Museus e Pesquisa: Memória e Contextos Contemporâneos- Organizadores: Aterlane Martins, Camila Alves, Marcos Passos, e Mariana Ratts

Outras Historinhas

Existe ainda a coleção “Outras Historinhas”, programa editorial voltado para o público infantil, tendo como finalidade introduzir as crianças, através de narrativas ilustradas, nas discussões acerca do patrimônio cultural. Fora dessas três linhas editoriais, o Museu do Ceará promoveu ainda o lançamento de cordéis, que em 2007 se transformou em nova linha editorial. As publicações versavam sobre o acervo do Museu do Ceará e temas sobre a história do Ceará

R$ 15,00

As Aventuras de Dorinha no Museu do Ceará (3ª edição) - Autora: Kênia Rios

R$ 15,00

Cadê Minhas Coisas? - Autora: Kênia Rios.

R$ 15,00

Encontro de Dorinha com o Bode Iôiô - Autora: Kênia Rios

Ô Bode Iôiô e o Museu do Ceará

R$ 15,00

O Bode Iôiô e o Museu do Ceará - Autora: Verônica Nicolau - Ilustrações: Fred Barros

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SÁB de 09 às 14h

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